domingo, 30 de novembro de 2008

Os sentidos da vida

Analisando os mosaicos que meus alunos fizem sobre o sentido da vida deles, pude observar que a família aparece em todos, os amigos, a religião, o bicho de estimação, objetos que consumo, como celeular, mp3. O carro, o time preferido, também merecem destaque.
Mas Flávio Gikovate, ressalta que já que não existe um sentido definido para a vida, cabe a cada um de nós dar-lhe um. E esse sentido pode ser dado através de um projeto pessoal bem elaborado, que se transformará no nosso sentido da vida.

sábado, 29 de novembro de 2008

Os sentidos da vida...


Alunos da turma 161
Esta semana foi realizada a mostra pedagógica da escola em que trabalho.
Como ao longo do bimestre trabalhei com o livro:
Os sentidos da vida, uma pausa para pensar de Flávio Gikovate.
A turma 161 apresentou este tema na refeida mostra.
Os alunos produziram vários mosaicos sobre o sentido da vida deles.
Confira alguns:

Mosaicos










quinta-feira, 2 de outubro de 2008

o que é ser ético?


Ser ético nada mais é do que agir direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. É ser altruísta, é estar tranqüilo com a consciência pessoal. "É cumprir com os valores da sociedade em que vive, ou seja, onde mora, trabalha, estuda, etc". Ética é tudo que envolve integridade, é ser honesto em qualquer situação, é ter coragem para assumir seus erros e decisões, ser tolerante e flexível, é ser humilde. Todo ser ético reflete sobre suas ações, pensa se fez o bem ou o mal para o seu próximo. É ter a consciência "limpa".

domingo, 28 de setembro de 2008

Pedagogia do Amor






Li recentemente o livro Pedagogia do Amor, de Gabriel Chalita, no qual ele apresenta a contribuição das histórias universais para a formação de valores às novas gerações.
Através da análise de histórias como de Sherazade, Damon e Pitias, Dom Quixote, Davi e Golias, Vidas Secas, Hercules, Cinderela, Rei Salomão, Patinho feio e Estrela de jóias. Chalita nos conduz a uma viagem fascinante, repleta de aventuras e lições de vida.
Ensina o valor do amor, da amizade, do idealismo, da coragem, da esperança, do trabalho, da humildade, da sabedoria, do respeito e da solidariedade, numa sociedade em que a aparência vale mais do que a essência, em que a competição e o individualismo impõem as regras dos relacionamentos, contaminando as possibilidades de companheirismos, de amizade e de amor.
É uma tarefa árdua, mas para pessoas comprometidas, com o ato de formar, informar, transmitir saberes, valores imbuídos num ato de amor, essa jornada torna-se especial. Como dizia o grande mestre Paulo Freire: “Educar é um ato de amor”, e quando educamos com amor, tudo fica mais fácil. Vale a pena ler.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

VIDA



Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade. Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria. Por fim, cheguei à conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho!
Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém.
(...) portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade;
até que você perca cinco quilos;
até que você ganhe cinco quilos;
até que você tenha tido filhos;
até que seus filhos tenham saído de casa;
até que você se case;
até que você se divorcie;
até sexta à noite;
até segunda de manhã;
até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova;
até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos;
até o próximo verão, outono, inverno;
até que você esteja aposentado;
até que sua música toque;
até que você tenha terminado seu drinque;
até que você esteja sóbrio de novo;
até que você morra;
...E decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO...

(Autor: ALFRED HENFIL )

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Os políticos e a herança sofista



Ontem o governo inaugurou no bairro onde moro uma arena esportiva, os moradores foram convidados formalmente. Fiz questão de ir. Pois a área onde fica a arena, já havia um campo de futebol que havia sido inaugurada há pouco mais de um ano. No entanto o serviço foi tão mal feito que na época das chuvas, de campo de futebol se transformava num rio. Mas como é ano eleitoral, milagrosamente, o governo teve dinheiro para reestruturar essa obra. O mais surpreendente é que fica do lado de uma escola estadual e o mato já estava quase na altura do muro e num piscar de olhos tudo fica limpo.
Quatro anos é muito tempo, realmente, acho que todo ano deveríamos trocar nossos governantes. Talvez assim eles fizessem mais pelo povo. Outro exemplo é o asfaltamento das ruas do bairro, que foram feitas nas últimas eleições para governador. Pasmem, mas só foram asfaltadas as ruas principais e a verba, segundo sabemos era federal. Como moro numa rua que não é principal, temos que conviver com a poeira no verão e a lama no inverno.
Mas onde os sofistas entram na história, pois é – os sofistas eram contemporâneos de Sócrates, mas as lições sofísticas tinham como objetivo o desenvolvimento do poder de argumentação, da retórica, da habilidade de discursos primorosos, porém, vazios de conteúdo. Eles transmitiam todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários.
Na opinião de Sócrates, eles fracassaram em ensinar excelência moral ou virtude. A alegação deles de ensinar arete (excelência) não apenas, na opinião de Sócrates, induzia em erro, mas corrompia também, porque sugeria que podiam produzir excelência moral, ao passo que nada faziam neste particular. Eis aí a heranças...

sábado, 9 de agosto de 2008

Ócio



Essa semana de início de semestre, trabalhei um texto sobro o ócio. A primeira pergunta que fiz em todas as turmas foi: o que é o ócio? Pra minha surpresa em todas as turmas ninguém soube me definir. Pedi para que para um aluno ler a definição do ócio. Após a leitura a pergunta, o que vocês fizeram de criativo, de produtivo em um mês de descanso? As respostas foram as mais variadas. Iniciamos então uma leitura dinâmica do texto, da mestra em filosofia Mônica Aiub. Defendi a idéia de Masi sobre a inclusão na nossa vida cotidiana de atividades que reunam, o trabalho, o lazer, a aprendizagem, o descanso, a leitura, o amor, a religião, além do tempo necessário para as nossas necessidades básicas. Vários alunos relataram que passam mais de 6 horas em lan house apenas jogando. Meu questionamento e sugestão foi, no sentido de que aprendessem a conciliar isso tudo. Pedi para que rfletissem sobre como se sentem na escola? com eles mesmos? com os amigos? com a família? E de acordo com a resposta, o que poderiam fazer pra melhorar essa realialidade?

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Afinal, o que é o tempo?



És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que eu te digo
Tempo tempo tempo tempo
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definitivo
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo
O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo
Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo
Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo

Oração ao Tempo - do genial Caetano Veloso

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Porque viajar é preciso...



Quando viajamos abandonamos provisoriamente a segurança de nossas casas e a identidade garantida por nossas propriedades, nosso trabalho e nossa rede de amizades. As viagens ajudam a relativizar as verdades e fazem circular as idéias.
Viajante e filósofo se assemelham na atitude: ambos se desembaraçam da rotina diária de trabalho e diversão e se deixam levar pela atmosfera de admiração pelo mundo. A diferença sutil, mas clara, é que o viajante tende a se surpreender com os aspectos mais inusitados dos lugares que percorre, ao passo que o filósofo se espanta principalmente com os acontecimentos tidos por banais e evidentes à sua volta.
Aquele que viaja por conta própria, ou é exilado à força, é retirado o seu lugar habitual. O hábito é como uma capa ao véu que cobre as questões, as relações e as coisas. O hábito é como um cobertor de algodão – cobre todos os cantos e abafa os sons, é anestésico, esconde informações. O hábito faz tudo ficar bonito e tranqüilo. Na viagem ou no exílio, em que o cobertor do hábito foi retirado, passamos a perceber de forma mais apurada as coisas e tornamo-nos revolucionários, mesmo que apenas para inventar um novo lugar para morar. Filosofar é migrar voluntariamente, exilar-se da própria casa, da cidade, de si mesmo, retirando a cobertura do habitual que repousa sobre o mundo.

Feitosa, Charles. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

Entardecer...


Praia do vai quem quer, Cotijuba

Cotijuba


Por-do-Sol. Praia do vai quem quer, na ilha de Cotijuba.
Lugar lindo de se ver...

Banho


Meus filhos pulando do trapiche

às origens...


Esta é a casa onde morei até os 12 anos.
Açai, camarão, banho de rio, natureza, liberdade...

Viagem...



No barco na ida para o interior (Muaná)

No fundo o colorido das redes.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Férias como eu te quero...


Finalmente de férias. Vou passar uns dias no ócio, criativo é claro.
Vou passar uns dias na companhia de meu amado pai, no interior onde nasci.
Já está na bagagem o livro "eu sou o mensageiro" de Marcus Zuzac.
Terminarei de ler "O Galeão", de Gian Danton, que com certeza será um best seller.
Vou aproveitar pra desfrutar da companhia da minha família que é o meu alicerce.

domingo, 15 de junho de 2008

Pensar é viajar



Fazer filosofia é como viajar sem sair do lugar, um movimento subterrâneo e imperceptível do corpo. Não se trata de uma “viagem interior”, mas de uma nomadização das relações com o mundo, no sentido de viver como um nômade, sem território fixo.
(...) Nietzsche recomenda enfaticamente que o aprendiz de filosofia se eduque “através de viagens, na juventude”. Mas tudo depende do modo como se viaja. No parágrafo 288 de Humano, Demasiadamente Humano (1886), ele diz que há cinco tipos de viajantes: (1) os que querem mais ser vistos do que ver nas viagens; (2) os que realmente vêem algo no mundo; (3) os que vivenciam alguma coisa em função do que é visto; (4) os que incorporam e carregam consigo as vivências da viagem; e (5) finalmente os de maior força, aqueles que colocam as experiências incorporadas de novo para fora, através de ações e de obras, tão logo retornam à casa. O segredo da filosofia e de toda viagem está, portanto, na capacidade de deixar se atravessar por aquilo que atravessamos pelo caminho.
E você, que tipo de viajante é?
(Feitosa, Charles. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Afinal, o que é o amor?


O amor é uma energia que cresce dentro de nós e nos convida a estar com o outro.
Quando estamos em estado de amor, torna-se inevitável agirmos de forma amorosa.
(...)amar é uma viagem a ser feita com alguém, na qual, ao mesmo tempo em que desfrutamos dessa entrega, desvendamos os mistérios que ela nos apresenta a cada momento.
Não podemos exigir a perfeição do ser amado, pois, como diz Aristóteles:
"O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição".

O amor


Que não seja imortal,
posto que é chama,
Mas que seja infinito enquanto dure,
(Vinícios de Morais)

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Luiz Vaz de Camões)

Por ser exato


O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim!!...
(Djavan)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

AMOR E SEXO


Amor é um livro - Sexo é esporte
Sexo é escolha - Amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela - Sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa - Sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão - Sexo é pagão
Amor é latifúndio - Sexo é invasão
Amor é divino - Sexo é animal
Amor é bossa nova - Sexo é carnaval
Amor é para sempre - Sexo também
Sexo é do bom - Amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um - Sexo é dois Sexo antes - Amor depois
Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora
(Rita Lee / Roberto de Carvalho / Arnaldo Jabor)

domingo, 8 de junho de 2008

Amor

Esta semana as postagens versarão sobre este sublime sentimento: o amor
"O amor é uma experiência revolucionária que liberta subitamente os amantes."
(Simone de Beauvoir)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Eu, Etiqueta - o poder da propaganda



Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça até o bico dos sapatos,
são mensagens,letras falantes,
gritos visuais, ordem de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos de mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim mesmo,
ser pensante, sentinte e solitário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana invencível condição.
Agora sou anúncio, ora vulgar, ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua (qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado foram
eu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,cada vinco de roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio de estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, me recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo dos outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Ame e dê Vexame



Como tirar o amor do corredor da morte? Roberto Freire ensina a não temer o ridículo quando se trata de assumir as surpresas do coração. Ame e dê vexame aborda as dificuldades de uma vida amorosa prazerosa numa sociedade voltada para o que está em oposição aos sentimentos.
O livro, a partir de reflexões e experiências pessoais de Roberto Freire, funciona como um roteiro leve e bem humorado em favor da gratificação permanente, apesar das advertências de uma sociedade baseada na exploração e no consumo. Na série de textos sobre assunto tão candente, o autor explica as vantagens de mergulhar profundamente naquilo que pode causar escândalo em determinado momento, o amor; mas que revela-se, com o tempo, como a única grande motivação de se continuar vivo. Vale a pena ler

sábado, 24 de maio de 2008

Morre Roberto Freire


Morreu hoje em São Paulo, aos 81 anos o escritor e terapeuta Roberto Freire
Autor de 25 livros, Roberto Freire também escreveu para teatro, cinema e televisão.
Entre suas obras mais conhecidas estão "Sem Tesão Não Há Solução", “ Ame e Dê Vexame”, "Coiote" e "Cleo e Daniel", que ganhou versão para o cinema em 1970, com Sônia Braga, dirigida pelo autor. Na TV, escreveu para os programas "A Grande Família" e "TV Mulher".

Roberto Freire foi o criador da somaterapia, terapia corporal baseada nas teorias psicanalíticas do austríaco Wilhelm Reich e de conceitos anarquistas. Freire se apresentava como "anarquista, escritor e terapeuta".

Embriagai-vos


Oa Bêbados, de Velázques (1599 - 1660)

É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o fardo horrível do Tempo,
que vos abate e vos faz pender para a terra,
é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas - de quê? De vinho, de poesia ou de virtude,como achardes melhor.
Contanto que vos embriagueis.

E, se algumas vezes,
nos degraus de um palácio,
na verde relva de um fosso,
na desolada solidão do vosso quarto,
despertardes,
com a embriaguez já atenuada ou desaparecida,
perguntai ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio,
a tudo o que foge,
a tudo o que geme,
a tudo o que rola,
a tudo o que canta,
a tudo o que fala,
perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro,
e o relógio, hão de vos responder:
- É a hora da embriaguez!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo,
embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor.
(Charles Baudelaire)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A gente só dá valor às alegrias. Quando sentimos tristeza


Esta letra, é pra ser lida e entedida.

Valor - Plebe Rude
Composição: Jander Bilaphra e André

Há vidas que por vontade eu canto
Há vidas que por maldade eu conto
Por muitos lugares andei
Em muitos lugares morei
Muitas vidas vi passar
Por isso lhe conto meu amigo
Preste atenção, uma coisa vou cantar

A gente só dá valor à juventude
Quando estamos na meia idade
Só damos valor à natureza
Quando moramos na cidade
A gente só dá valor às amizades
Quando estamos na solidão
Nós só dá valor à frieza
Quando perdemos à razão

Quem não dá valor ao que tem
Não merece ter nada de valor

Há vidas que por vontade eu canto
Há vidas que por maldade eu conto
Por muitos buracos passei
Em muitos demônios enfrentei
Nessa vida ainda vou enfrentar
Por isso lhe conto, preste atenção
Me de razão, você vai ter que escutar

A gente só dá valor às alegrias
Quando sentimos tristeza
Só damos valor ao dinheiro
Quando estamos na dureza
A gente só dá valor às máquinas
Quando não funcionam mais
Só damos valor à tranqüilidade
Quando não nos deixam em paz

Quem não dá valor ao que tem
Não merece ter nada de valor

Há vidas que por vontade eu canto
Há vidas que por maldade eu conto
Por muitos lugares andei
Em muitos lugares morei
Muitas vidas vi passar
Por isso lhe conto meu amigo
Preste atenção, uma coisa vou cantar

A gente só dá valor ao trabalho
Quando estamos desempregados
A gente só dá valor a religião
Quando estamos desesperados

Quem não dá valor ao que tem
Não merece ter nada de valor

A gente só dá valor ao que é nosso
Quando não possuímos mais
A gente só dá valor a certeza
Quando tanto fez, tanto faz

domingo, 18 de maio de 2008

Tatuagem


A palavra tatuagem deriva da língua polinésia (tatahou = desenhar).
No Ocidente, foi durante muito tempo uma marca de humilhação (entre os prisioneiros ou deportados), mas reapareceu no final do século XX como um fenômeno de moda entre os jovens dos grandes centros urbanos.
Adornar, pintar ou perfurar o corpo tem sido uma prática comum em diversas culturas na história, com objetivos diversos, tais como assinalar o território na sociedade, preservar a memória e a tradição, ou simplesmente ou simplesmente o prazer de embelezar o corpo.
A prática da tatuagem pode ser vista também como um ato de resistência daqueles que, excluídos por razões políticas, econômicas, sociais ou religiosas, não encontram outras formas de se expressar.
Feitosa, Charles. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

Explicando a filosofia com arte

Há alguns dias chegou na biblioteca da escola, onde trabalho, três exemplares do livro: “Explicando a filosofia com arte” do doutor em filosofia Charles Feitosa.
Sua proposta é bem diferente, é de uma “filosofia pop”, que envolve uma associação de imagens, em uma linguagem acessível e bem humorada, sem perder o rigor e a densidade inerentes a filosofia. Vale a pena conferir o que ele tem a dizer. Os textos abaixo são de sua autoria.

O Pensador


A imagem mais famosa e marcante do filósofo está materializada na obra em bronze do escritor francês Rodin (1840-11917) intitulado O pensador (1881).
Durante muito tempo especulou-se sobre qual deveria ser a questão que o intrigava tão profundamente. Observe que, embora seu corpo seja de um homem jovem e saudável, o pensador repousa imóvel, absorto em suas reflexões.
Todos os músculos concentram suas forças em dar apoio a cabeça, que pende sob a gravidade de suas indagações. Os braços não agem, as pernas não andam, como se o movimento da carne pudesse atrapalhar a circulação das idéias da mente.




A morte de Sócrates (1787), do pintor francês Jacques-Louis David (1748-1825), a atitude serena do pensador, certo de sua morte no futuro será vista como um motivo de vergonha para Atenas. Ele estava cercado por seus amigos discípulos desolados. No fundo, à esquerda, vê-se sua esposa Xantipa, impedida de presenciar a cena. O dedo em riste representa seu último gesto, uma palavra de homenagem a Aesculápio, o deus da saúde.

Eros


Jovem defendendo-se de Eros (1880), da artista francês Wiliam-Adolphe Bouguereau (1825-1905).
Na modernidade, a figura de Eros serviu freqüentemente de pretexto para expor cenas de sensualidade e erotismo na arte. Neste quadro, a jovem em questão parece não estar muito firme ao resistir contra o assédio do amor.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

De niver



A aniversariante, Viviane com seus professores
e suas colegas de classe.






No lied da escola com os alunos


Turma 151


domingo, 4 de maio de 2008

Olha esse anúncio!!!


sobloja, essa é boa!!!!
Na verdade era pra ser sobreloja.

domingo, 27 de abril de 2008

Dias de Luta, Dias de Glória - Charlie Brown Jr



Essa letra diz muito...
Canto minha vida com orgulho!

Na minha vida tudo acontece
Mas quanto mais a gente rala, mais a gente cresce
Hoje estou feliz porque sonhei com você
E amanhã posso chorar por não poder te ver
Mas o seu sorriso vale mais que um diamante
Se você vier comigo aí nós vamos adiante
Com a cabeça erguida, e mantendo a fé em Deus


O seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu
A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir
Podem me tirar tudo que tenho
Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo
E eu sou feliz e canto e o universo é uma canção eu vou que vou!


Histórias, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória (4x)

Oh minha gata, morada dos meus sonhos
Todo dia, se pudesse eu ia estar com você
Já te via muito antes nos meus sonhos
Eu procurei a vida inteira por alguém como você


Por isso eu canto minha vida com orgulho
Com melodia, alegria e barulho
Eu sou feliz e rodo pelo mundo
Sou correria, mas também sou vagabundo
Mas hoje dou valor de verdade, pra minha saúde, pra minha liberdade
Que bom te encontrar nesta cidadeEsse brilho intenso me lembra você

Refrão (4x)

Hoje estou feliz, acordei com o pé direito
E vou fazer de novo, vou fazer muito bem feito

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Filosofia para adolescentes



Na época da faculdade, tivemos uma disciplina chamada Introdução à filosofia. Eram duas horas de tortura. Ninguém, absolutamente ninguém na turma conseguia entender o que a professora falava. Ela pulava de Platão para Descartes, dele para o taxista da esquina e dele para as eleições presidenciais. Um colega definiu filosofia como tentar encontrar uma pedra de gelo num campo de neve. Essa visão aterradora tem acompanhado muitos jovens ao longo de todos esses anos. A filosofia, ou é vista como algo indecifrável, sem qualquer nexo com a realidade, ou é ensinada de maneira totalmente descontextualizada, consistindo apenas em fazer os alunos discutirem determinados assuntos, sem qualquer embasamento.Assim, qualquer tentativa de trazer a filosofia para o mundo dos jovens deve ser aplaudida. Já houve alguns exemplos notáveis, como o Filosofando (de Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins), ou O Mundo de Sofia (de Jostein Gaarder), e agora temos mais um exemplo. Trata-se de Filosofia para adolescentes, de Yves Michaud (Escala educacional, 2007, 134 páginas).Yves Michaud é filósofo, professor de Filosofia da Universidade de Rouen, ex-diretor da École Nationele de Beaux Arts de Paris. Ele maneja bem o assunto, mas faz abordagem diferente de livros predecessores, como O Mundo de Sofia. Ao invés de apresentar o assunto através de uma história da filosofia, Michaud prefere dividir o livro em temas de interesse dos jovens, em reflexões filosóficas, como ¨Por que precisamos de amor?¨, ¨Será a morte o fim de tudo?¨, ¨Somos livres?¨, ¨Pode a ciência explicar tudo?¨.Cada capítulo inicia com um diálogo entre o autor e um grupo de adolescentes sobre o assunto em questão. É um ponto positivo, já que o volume parece ser direcionado a objetivos didáticos. A mesma discussão que o filósofo estabelece com os jovens pode ser travada em sala de aula, entre professor e alunos.Para tornar a leitura mais agradável, o texto é entremeado de ilustrações cômicas (de autoria de Manu Boisteau) e de boxes com notas sobre filósofos famosos. O recurso dos boxes permite aprofundar os temas, dando um embasamento sobre o que se está lendo. Espera-se que o leitor fique curioso e decida conhecer melhor o filósofo e suas idéias sobre o tema em reflexão no capítulo.O livro seria todo excelente, uma ótima introdução para quem está dando os primeiros passos no assunto, não fossem por alguns pequenos detalhes. Não há, por exemplo, nenhuma informação biográfica sobre o autor. Além disso, o volume peca na revisão. Há erros bobos de digitação, como ¨engrançada¨ no lugar de ¨engraçada¨.A capa também não parece muito chamativa para um livro que se pretende direcionado aos jovens.Colocando na balança, os pontos positivos pesam mais que os pontos negativos. Filosofia para adolescentes pode ser uma boa introdução ao pensar ao mostrar que as a reflexão filosófica pode ser usada em assuntos de interesse dos jovens.

Resenha feita pelo professor e mestre Ivan Carlo

sábado, 5 de abril de 2008

O Combate ao mosquito da Dengue é responsabilidade de todos nós



A Dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti, os sintomas mais comuns são dor de cabeça e nos olhos, febre alta, dor no corpo (nos músculos e nas articulações), falta de apetite, náuseas, manchas vermelhas pelo corpo.O mosquito é o principal vetor (transmissor) doença. O aumento da proliferação tende a acontecer na estação mais quente do ano (verão).A maneira mais eficaz de evitar a Dengue é não deixar o mosquito proliferar. Isto pode ser feito acabando-se com os criadouros (garrafas, pneus, pratos de vasos de plantas, bacias, copos descartáveis e sacos plásticos, entre outros objetos que podem acumular água). Também é necessário manter sempre limpa a caixa da água e poços. Além disso, deve-se evitar jogar lixo nas ruas e quintais, pois mesmo tampas de garrafas pet, copos plásticos e brinquedos podem ser locais para proliferação do mosquito.
- O mosquito da dengue gosta de água limpa e parada. Evite deixar plantas em vasos com água.
- Troque semanalmente a água dos vasos das plantas e limpe sempre os pratinhos que acumulam água.
- Lave as jarras de flores para eliminar os ovos dos mosquitos que ficam grudados nas suas paredes.
- Para não acumular água, as latas devem ser furadas antes de jogadas fora. - As garrafas vazias devem ser colocadas de boca para baixo.
- Pneus velhos devem ser mantidos em lugares cobertos para não acumular água da chuva.
- O lixo caseiro deve estar bem lacrado e colocado na lixeira nos horários previstos.
A conscientização da população é muito importante, pois é a principal arma para o combate a Dengue.
(Texto da Especialista em Hemoterapia e HematologiaMarcelle C.R. Ferraz - Coren: 0146561)
Outras dicas no site.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Esse poema é para àqueles que não sabem viver e ficam a espera de um mundo perfeito.

Ou para àqueles que "não sabem amar e ficam esperando alguém que caiba nos seus sonhos"

“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo...
ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro...
ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde...
ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria...
ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar...
ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com as tarefas da casa...
Ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos...
ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei,
posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim.”
(Charles Chaplin)

domingo, 30 de março de 2008

Nós ainda podemos sonhar...


Não preciso mostrar fotos de como estão as ruas de Macapá. Só buracos, mas não podemos deixar de sonhar que um dia nossas ruas estarão sem buracos, sinalizadas e limpas, como esse trecho no final do Bairro do Congós.

Pense num dia com gosto de infância
Sem muita importância procure lembrar
Você por certo vai sentir saudades
Fechando os olhos verá
Doces meninas dançando ao luar
Outras canções de amor
Mil violinos e um cheiro de flores no ar

Você ainda pode sonhar
Você ainda pode sonhar
Você ainda pode sonhar

Feche seus olhos bem profundamente
Não queira acordar procure dormir
Faça uma força você não está velho demais
Pra voltar a sorrir
Passe voando por cima do mar
Para a ilha reverVá saltitando sorrindo a todos que vê

Você ainda pode sonhar

quinta-feira, 27 de março de 2008

O Mundo de Sofia



O Mundo de Sofia é um romance envolvente que, de forma natural e didática, introduz a História da Filosofia dando rápidas pinceladas sobre o seu desenrolar no Ocidente. Levanta as principais questões estudadas pelos pensadores de todos os tempos, vivo exemplo da inquietude humana e da instintiva busca por referenciais de conduta: Deus, o Universo, o Homem, a Sociedade e a História.
Sofia Amudsen, personagem central de O Mundo de Sofia, é uma jovem estudante que vê a sua vida mudar completamente por conta de cartas anônimas com as mais diversas questões existenciais: Quem é você? De onde você vem? Como começou o mundo? Ao escrever de forma nada erudita, com narrativas em estilo romancista, o escritor Jostein Gaarder nos conduz ao fantástico mundo da história da filosofia e o que se apresentava antes como intangível e misterioso se revela diante de nossos olhos como fascinante e indispensável: a filosofia.
O autor mostra que, no início, era necessário a utilização do pensamento mitológico para que as pessoas pudessem compreender os processos naturais a sua volta e, ainda hoje, podemos observar características desse pensamento, como, por exemplo, algumas superstições. Leia mais

terça-feira, 25 de março de 2008

Tempos Modernos de Charles Chaplin (1936)



O filme de Charles Chaplin reporta-se às péssimas condições de trabalho — as árduas horas de trabalho e o desempenhar repetitivo do apertar parafusos e puxar de alavancas — decorrente da maior especialização da linha de produção fordista. Com tal divisão de tarefas não é mais permitido ao trabalhador saber o que afinal estava produzindo: como o trabalhador não participa das demais etapas do processo produtivo ele perde a noção total de produto.
Um filme genial.


domingo, 23 de março de 2008

Todo mundo tem razão?

O texto abaixo fala sobre: Moral e Ética e seu possível caráter Universal.





TODO MUNDO TEM RAZÃO?



De um lado, há a idéia de que cada sociedade tem o direito de definir como quiser as regras que regem a vida dos indivíduos. De outro, a de que há uma ética universal que não pode ser violada
(revista Super – julho 2001 por Rodrigo Cavalcante)

No meio de uma conversa de bar, um amigo conta que acabou de voltar de um país do Oriente Médio onde as mulheres não podem expor o rosto nas ruas e as adúlteras são punidas com pedradas em praça pública. Na mesma linha de citações de "costumes exóticos", alguém diz que conhece uma aldeia indígena que obriga os meninos a passarem por um doloroso rito de passagem para a vida adulta: eles têm que colocar a mão numa cumbuca de palha cheia de formigas gigantes que picam suas peles até sangrar - uma prova de que suportam a dor e se tornaram homens. Outro amigo, médico, desata a falar mal da religião de um dos seus pacientes que é contra a transfusão de sangue em nome de uma pureza espiritual. A essa altura, o clima cordial da conversa muda e alguns ficam visivelmente agressivos no ataque a esses costumes.

Para complicar a situação, aparece alguém defendendo a tese de que o que parece absurdo e inevitável para nós pode ser perfeitamente normal para os outros: afinal, se os valores morais variam de povo para povo são diferentes e devem ser respeitados, quem somos nós para julgá-los?

Esse impasse quase sempre leva a duas reações. Ao longo da história, a mais comum tem sido impor os valores de uma cultura hegemônica, que se arvora superior, sobre outra. Na marra. O resultado você conhece: romanos perseguindo cristãos, cristãos tentando converter os índios, judeus perseguidos pelos nazistas, europeus colonizando a África. A segunda reação tem sido procurar uma resposta para uma pergunta espinhosa: apesar das evidentes diferenças de cultura e de comportamento entre os povos, há valores que todos os homens devem respeitar? De onde vem a nossa noção do que é certo e errado?

No plano pessoal, a resposta para essas perguntas faz toda a diferença na hora de ajudar ou não um amigo, ser leal ou infiel à namorada, demitir ou dar mais uma chance ao empregado. Até no descontraído futebol com os amigos, seus valores morais estão lá, ajudando-o a decidir se você deve ou não "retribuir" um pontapé desleal. No plano mundial, a existência ou não de uma ética universal define o que são os direitos humanos, como devem ser usadas as inovações científicas e até mesmo o que deve ser entendido como um crime de guerra.

Para alguns pesquisadores, os valores morais não caem do céu como supostamente aconteceu com os dez mandamentos. Eles são invenções humanas, estratégias da espécie para garantir sua sobrevivência. "O que chamamos de bondade e solidariedade não são inspirações divinas", diz o americano Edward O. Wilson, professor da Universidade de Harvard, especialista no estudo das origens biológicas do comportamento humano. Ele explica que se um dos nossos antepassados há milhares de anos decidisse abandonar seu grupo de caça para tentar a sorte sozinho, teria poucas chances de garantir o almoço. Com o tempo, uma série de tentativas e erros foi fazendo com que a vida social se tornasse um dos traços da espécie humana. "A necessidade de pertencer a um grupo e ser fiel a ele tornaram-se características do homem", diz Wilson. "Sabe aquela união que a gente sente quando estamos torcendo pela seleção na Copa do Mundo? Ela surgiu aí."

O problema é que esses mesmos laços que unem uma torcida também são usados para agredir a torcida adversária. "É o lado perverso dos valores humanos", diz Wilson. "A solidariedade dentro do grupo não vale para os grupos de fora." Cada grupo tenta impor seus valores como os melhores, resistindo a aceitar diferenças de cultura. Se as regras do futebol dão margem para tanta polêmica, imagine o que acontece quando se tenta criar regras de conduta para toda a humanidade. Leia mais



Meu nome não é Johnny


Selton Mello como o traficante João Estrella em ''Meu nome não é Johnny'' (Foto: Divulgação)
Trata-se de uma história baseada em fatos reais.

Jovem de classe média carioca, Johnny virou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro nos anos 90.
João Guilherme Estrella é Inteligente, engraçado e querido por amigos e familiares, Johnny levava a vida torrando todo o dinheiro que ganhava em festas e drogas. Um filme que merece ser visto principalmente pelos jovens. O que aconteceu com o Johnny pode acontecer com qualquer jovem que não tem limite. Principalmente quando os pais se eximem dessa responsabilidade.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Filosofar é preciso...

Na juventude, não devemos hesitar em filosofar; na velhice, não devemos deixar de filosofar. Nunca é cedo nem tarde demais para cuidar da própria alma. Quem diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de filosofar, parece-se ao que diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de ser feliz. Jovens ou velhos, devemos sempre filosofar; no último caso, para rejuvenescermos ao contacto do bem, pela lembrança dos dias passados, e no primeiro, para sermos, embora jovens, tão firmes quanto um ancião diante do futuro. É mister, pois, estudar os meios de adquirir a felicidade; quando a temos, temos tudo; quando a não temos, fazemos tudo por adquiri-la.

Epicuro, in "A Conduta na Vida"