terça-feira, 2 de setembro de 2008

Os políticos e a herança sofista



Ontem o governo inaugurou no bairro onde moro uma arena esportiva, os moradores foram convidados formalmente. Fiz questão de ir. Pois a área onde fica a arena, já havia um campo de futebol que havia sido inaugurada há pouco mais de um ano. No entanto o serviço foi tão mal feito que na época das chuvas, de campo de futebol se transformava num rio. Mas como é ano eleitoral, milagrosamente, o governo teve dinheiro para reestruturar essa obra. O mais surpreendente é que fica do lado de uma escola estadual e o mato já estava quase na altura do muro e num piscar de olhos tudo fica limpo.
Quatro anos é muito tempo, realmente, acho que todo ano deveríamos trocar nossos governantes. Talvez assim eles fizessem mais pelo povo. Outro exemplo é o asfaltamento das ruas do bairro, que foram feitas nas últimas eleições para governador. Pasmem, mas só foram asfaltadas as ruas principais e a verba, segundo sabemos era federal. Como moro numa rua que não é principal, temos que conviver com a poeira no verão e a lama no inverno.
Mas onde os sofistas entram na história, pois é – os sofistas eram contemporâneos de Sócrates, mas as lições sofísticas tinham como objetivo o desenvolvimento do poder de argumentação, da retórica, da habilidade de discursos primorosos, porém, vazios de conteúdo. Eles transmitiam todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários.
Na opinião de Sócrates, eles fracassaram em ensinar excelência moral ou virtude. A alegação deles de ensinar arete (excelência) não apenas, na opinião de Sócrates, induzia em erro, mas corrompia também, porque sugeria que podiam produzir excelência moral, ao passo que nada faziam neste particular. Eis aí a heranças...

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