domingo, 4 de setembro de 2011

Os desafios do professor frente à geração Z



Por Elizabeth Magno
Como concorrer com ferramentas como o smartphone, o computador e a Internet e suas inúmeras formas atrativas que encantam os jovens da geração Z (nascidos a partir de 1993)? Como captar a atenção desses jovens que nasceram e cresceram na era digital? Qual o desafio do professor em atrair essa geração acostumada com e-mail, twitter, facebook, blogs, google, etc, acostumados à informações e comunicações instantâneas?

Há uma reclamação recorrente por parte dos professores com relação ao uso do notebook em sala de aula, uma vez que os alunos se distraem e não prestam atenção à aula, ora, mas, essa geração é a geração da pluralidade, que consegue desenvolver várias tarefas ao mesmo tempo.

É comum durante as aulas o aluno fazer uma pesquisa, twittar, atualizar o mural do facebook, isso tudo ao mesmo tempo, enquanto assiste às aulas, mas quanto do conteúdo que é dado em sala pelo professor é realmente assimilado?

A grande vantagem da internet é o acesso fácil e a qualquer momento à informação, com isso os alunos acabam preterindo a fala do professor, ou melhor, a aula, pois sabem que podem num piscar de olhos fazer uma leitura sobre àquele assunto. A Internet estimula as inteligências múltiplas de diversas maneiras, mas talvez de forma superficial. Por exemplo: a leitura em profundidade foi substituída por posts. Para que o aluno precisa ler um livro sobre determinado assunto se o Google disponibiliza o resumo, se o Youtube oferece os mais fantásticos (e também os mais medíocres) vídeos dos mais diferentes assuntos?

O neurocientista Gary Small, pesquisador da Universidade da Califórnia (EUA), acredita que desde quando o homem primitivo aprendeu como usar uma ferramenta o cérebro não sofria um impacto tão grande e significativo como ocorreu com o uso da Internet.

Sabemos que o cérebro humano é uma estrutura que é movida a desafios e que se transforma com eles.

Segundo pesquisa recente os alunos de bons professores aprendem 68% mais do que os colegas orientados pelos piores docentes. Então o professor é quem faz a diferença. Apesar de todos os atrativos da Internet, em sala de aula um bom professor é o destaque.

E nesse sentido o papel do professor é fundamental em abastecer e alimentar os cérebros dos seus jovens alunos e ajudá-los a aprofundar o conhecimento, a fazer conexões, a transformar essa rede de informações em conhecimentos significativos.
Ou pode também proibir o aluno de usar o notebook e de acessar a Internet e usar em suas aulas apenas o Power point, para mostrar textos e mais textos, lendo-os em seguida, sem explicar ou contextualizar, sem instigar os alunos à participação.

Se afinal a geração Z está acostumada com atividades que envolvam oxigenação, inovação, criatividade. Como se relacionar com alunos que estão num nível digital, tecnológico diferente da do professor?

É necessário que o professor esteja motivado, busque qualificação permanente, conheça as características das novas gerações, os processos cognitivos de aprendizagem, as novas tecnologias e claro, interaja com elas.

Nesse sentido, somos todos aprendizes.

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