domingo, 30 de março de 2008

Nós ainda podemos sonhar...


Não preciso mostrar fotos de como estão as ruas de Macapá. Só buracos, mas não podemos deixar de sonhar que um dia nossas ruas estarão sem buracos, sinalizadas e limpas, como esse trecho no final do Bairro do Congós.

Pense num dia com gosto de infância
Sem muita importância procure lembrar
Você por certo vai sentir saudades
Fechando os olhos verá
Doces meninas dançando ao luar
Outras canções de amor
Mil violinos e um cheiro de flores no ar

Você ainda pode sonhar
Você ainda pode sonhar
Você ainda pode sonhar

Feche seus olhos bem profundamente
Não queira acordar procure dormir
Faça uma força você não está velho demais
Pra voltar a sorrir
Passe voando por cima do mar
Para a ilha reverVá saltitando sorrindo a todos que vê

Você ainda pode sonhar

quinta-feira, 27 de março de 2008

O Mundo de Sofia



O Mundo de Sofia é um romance envolvente que, de forma natural e didática, introduz a História da Filosofia dando rápidas pinceladas sobre o seu desenrolar no Ocidente. Levanta as principais questões estudadas pelos pensadores de todos os tempos, vivo exemplo da inquietude humana e da instintiva busca por referenciais de conduta: Deus, o Universo, o Homem, a Sociedade e a História.
Sofia Amudsen, personagem central de O Mundo de Sofia, é uma jovem estudante que vê a sua vida mudar completamente por conta de cartas anônimas com as mais diversas questões existenciais: Quem é você? De onde você vem? Como começou o mundo? Ao escrever de forma nada erudita, com narrativas em estilo romancista, o escritor Jostein Gaarder nos conduz ao fantástico mundo da história da filosofia e o que se apresentava antes como intangível e misterioso se revela diante de nossos olhos como fascinante e indispensável: a filosofia.
O autor mostra que, no início, era necessário a utilização do pensamento mitológico para que as pessoas pudessem compreender os processos naturais a sua volta e, ainda hoje, podemos observar características desse pensamento, como, por exemplo, algumas superstições. Leia mais

terça-feira, 25 de março de 2008

Tempos Modernos de Charles Chaplin (1936)



O filme de Charles Chaplin reporta-se às péssimas condições de trabalho — as árduas horas de trabalho e o desempenhar repetitivo do apertar parafusos e puxar de alavancas — decorrente da maior especialização da linha de produção fordista. Com tal divisão de tarefas não é mais permitido ao trabalhador saber o que afinal estava produzindo: como o trabalhador não participa das demais etapas do processo produtivo ele perde a noção total de produto.
Um filme genial.


domingo, 23 de março de 2008

Todo mundo tem razão?

O texto abaixo fala sobre: Moral e Ética e seu possível caráter Universal.





TODO MUNDO TEM RAZÃO?



De um lado, há a idéia de que cada sociedade tem o direito de definir como quiser as regras que regem a vida dos indivíduos. De outro, a de que há uma ética universal que não pode ser violada
(revista Super – julho 2001 por Rodrigo Cavalcante)

No meio de uma conversa de bar, um amigo conta que acabou de voltar de um país do Oriente Médio onde as mulheres não podem expor o rosto nas ruas e as adúlteras são punidas com pedradas em praça pública. Na mesma linha de citações de "costumes exóticos", alguém diz que conhece uma aldeia indígena que obriga os meninos a passarem por um doloroso rito de passagem para a vida adulta: eles têm que colocar a mão numa cumbuca de palha cheia de formigas gigantes que picam suas peles até sangrar - uma prova de que suportam a dor e se tornaram homens. Outro amigo, médico, desata a falar mal da religião de um dos seus pacientes que é contra a transfusão de sangue em nome de uma pureza espiritual. A essa altura, o clima cordial da conversa muda e alguns ficam visivelmente agressivos no ataque a esses costumes.

Para complicar a situação, aparece alguém defendendo a tese de que o que parece absurdo e inevitável para nós pode ser perfeitamente normal para os outros: afinal, se os valores morais variam de povo para povo são diferentes e devem ser respeitados, quem somos nós para julgá-los?

Esse impasse quase sempre leva a duas reações. Ao longo da história, a mais comum tem sido impor os valores de uma cultura hegemônica, que se arvora superior, sobre outra. Na marra. O resultado você conhece: romanos perseguindo cristãos, cristãos tentando converter os índios, judeus perseguidos pelos nazistas, europeus colonizando a África. A segunda reação tem sido procurar uma resposta para uma pergunta espinhosa: apesar das evidentes diferenças de cultura e de comportamento entre os povos, há valores que todos os homens devem respeitar? De onde vem a nossa noção do que é certo e errado?

No plano pessoal, a resposta para essas perguntas faz toda a diferença na hora de ajudar ou não um amigo, ser leal ou infiel à namorada, demitir ou dar mais uma chance ao empregado. Até no descontraído futebol com os amigos, seus valores morais estão lá, ajudando-o a decidir se você deve ou não "retribuir" um pontapé desleal. No plano mundial, a existência ou não de uma ética universal define o que são os direitos humanos, como devem ser usadas as inovações científicas e até mesmo o que deve ser entendido como um crime de guerra.

Para alguns pesquisadores, os valores morais não caem do céu como supostamente aconteceu com os dez mandamentos. Eles são invenções humanas, estratégias da espécie para garantir sua sobrevivência. "O que chamamos de bondade e solidariedade não são inspirações divinas", diz o americano Edward O. Wilson, professor da Universidade de Harvard, especialista no estudo das origens biológicas do comportamento humano. Ele explica que se um dos nossos antepassados há milhares de anos decidisse abandonar seu grupo de caça para tentar a sorte sozinho, teria poucas chances de garantir o almoço. Com o tempo, uma série de tentativas e erros foi fazendo com que a vida social se tornasse um dos traços da espécie humana. "A necessidade de pertencer a um grupo e ser fiel a ele tornaram-se características do homem", diz Wilson. "Sabe aquela união que a gente sente quando estamos torcendo pela seleção na Copa do Mundo? Ela surgiu aí."

O problema é que esses mesmos laços que unem uma torcida também são usados para agredir a torcida adversária. "É o lado perverso dos valores humanos", diz Wilson. "A solidariedade dentro do grupo não vale para os grupos de fora." Cada grupo tenta impor seus valores como os melhores, resistindo a aceitar diferenças de cultura. Se as regras do futebol dão margem para tanta polêmica, imagine o que acontece quando se tenta criar regras de conduta para toda a humanidade. Leia mais



Meu nome não é Johnny


Selton Mello como o traficante João Estrella em ''Meu nome não é Johnny'' (Foto: Divulgação)
Trata-se de uma história baseada em fatos reais.

Jovem de classe média carioca, Johnny virou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro nos anos 90.
João Guilherme Estrella é Inteligente, engraçado e querido por amigos e familiares, Johnny levava a vida torrando todo o dinheiro que ganhava em festas e drogas. Um filme que merece ser visto principalmente pelos jovens. O que aconteceu com o Johnny pode acontecer com qualquer jovem que não tem limite. Principalmente quando os pais se eximem dessa responsabilidade.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Filosofar é preciso...

Na juventude, não devemos hesitar em filosofar; na velhice, não devemos deixar de filosofar. Nunca é cedo nem tarde demais para cuidar da própria alma. Quem diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de filosofar, parece-se ao que diz que não é ainda, ou já não é mais, tempo de ser feliz. Jovens ou velhos, devemos sempre filosofar; no último caso, para rejuvenescermos ao contacto do bem, pela lembrança dos dias passados, e no primeiro, para sermos, embora jovens, tão firmes quanto um ancião diante do futuro. É mister, pois, estudar os meios de adquirir a felicidade; quando a temos, temos tudo; quando a não temos, fazemos tudo por adquiri-la.

Epicuro, in "A Conduta na Vida"